Conversando com o motorista de caminhão, Renato Grapeggia, de Veranópolis, 160 km de Porto Alegre, segundo ele, esta cidade é onde todos os carregamentos chegam, como ele é caminhoneiro e tem amigos espalhados em todo país, principalmente no Paraná, ele entrega alimentos do Rio Grande do Sul, no Ceasa de londrina e Maringá, resolveu iniciar esta corrente do bem.
Ele estava no Paraná, quando sua esposa relatou o que estava acontecendo no Rio Grande do Sul, inclusive, começaram o racionamento de água, inclusive ela foi no mercado comprar água, eles já estavam restringindo 2 litros por pessoa.
Foi quando ele teve a ideia de descer para o Rio Grande com 8 paletes de água, então conversou com clientes e amigos daqui de Campo Mourão e Região. Então logo de início conseguiu 14 paletes, e assim, aquela iniciativa que se iniciou pequena, começou a ganhar forma, uma empresa chegou a doar uma carreta de água e suco.
Segundo ele em todas as portas que bateu, em nenhuma ele ouviu um não. Aqui em Campo Mourão ele contactou com seu amigo de rodagem, caminhoneiro Enilson, do Jardim Isabel, que formou um grupo e 240 pessoas e assim as arrecadações tomaram uma proporção formidável. Várias pessoas se uniram para ajudarem os irmãos do Rio Grande do Sul.
Uma corrente do bem, a todo momento foi chegando doações de vários pontos da cidade, e com isso crescendo o número de arrecadações. Os amigos caminhoneiros que fazem a linha Rio Grande Sul se dispuseram a levar o que for arrecadado até o Rio Grande do Sul.
Ele também nos informou que na BR470, tem mais de 30 deslizamentos, na serra, com mais de 50 carros, totalizando uma média de 250 pessoas. Inclusive ele disse conhecer o casal proprietário do Restaurante próximo a ponte dos Arcos, em Veranópolis, que acabou morrendo no desmoronamento de terra, ocorrido na semana passada, inclusive mandou um vídeo de antes e depois da tragedia.